A geração Z tem tudo entregue de mão beijada pela internet e suas novas ramificações e muito se fala nas consequências positivas que isso pode ter para o futuro, mas será que isso realmente vem ajudando os jovens estudantes?
A verdade é que apesar de facilitar muito a nossa vida, as famosas IA’s nem sempre são uma ferramenta interessante pra quem tá começando a adquirir conhecimento agora.
Realmente, é muito tentador jogar todas as suas dúvidas em uma máquina que tem a capacidade de processar diversos livros e artigos em uma questão de segundos, mas no final de tudo você nem sabe o que aprendeu de verdade e o que o computador fez sozinho.
Tá, mas se tudo a sua volta diz que você precisa se adequar à essas inovações, que precisa se acostumar com elas e aprender a usá-las, como é possível não comprometer o seu aprendizado no meio disso tudo?
Vamos dar uma olhada em umas formas de deixar seu uso de tecnologia um pouco mais consciente.
Os Millenials eram o próprio chat GPT
É claro que quando aqueles Millenials falam que “no tempo deles é que se estudava de verdade” não é porque eles tinham mais informações do que a geração atual, muito pelo contrário, na verdade a informação era mais escassa que agora.
Qual a diferença então?
Diferentemente da geração dos smartphones, essa galera que pegou os primórdios do computador e da internet discada sabia que pra encontrar informação útil DE VERDADE eles teriam que ralar e procurar em todos os lugares possíveis.
Livros, artigos, sites de notícias e uma infinidade de outros lugares…
Resumindo, tudo o que você pede pro chat GPT, eles faziam SOZINHOS.
Um choque, né?
Mas, eles sabiam que nada ia cair do céu e que se eles não procurassem, o conhecimento não ia aparecer via bluetooth no cérebro deles.
Nem toda informação é conhecimento
É muito comum ver pessoas que classificam conhecimento e informação como sinônimos, mas existe um abismo entre esses dois termos e é importante que você saiba diferenciá-los.
Informação
Podemos classificar como o conjunto de fatos, estatísticas, acontecimentos ou qualquer outra coisa que possa ser descrita de maneira objetiva.
Conhecimento
Esse seria definido, então, como a capacidade de entender o significado da informação, de relacionar ela com outros dados e usá-la de uma forma produtiva.
De certa forma a gente pode concluir que mesmo que haja um mar infinito de informações disponíveis a cada segundo, isso não quer dizer que as pessoas com acesso a tudo isso são detentoras de tanto conhecimento.
O conhecimento é exercitado e treinado com o tempo. Não é o simples ato de deter uma informação que vai te dar o domínio sobre esse assunto, você precisa se aprofundar e pesquisar, ter contato constante com o tema para, assim, saber um pouquinho de tudo que estudou.
E essa é uma das maiores diferenças entre a forma como os Millenials estudavam para como a geração Z aprendeu a “estudar”. Com o crescimento das IA’s generativas essa nova leva de estudantes se acostumou a não ter que fazer esforço algum pra conseguir informação, eles começaram a ser bombardeados por todo tipo de acontecimento.
Parece meio contraintuitivo dizer que quanto maior o número de informação, menor é o conhecimento, mas os gen Z são prova viva de que isso acontece, e muito. Afinal, se você tem a oportunidade de obter todas as respostas em apenas alguns cliques, qual é o sentido em gastar sua energia tentando resolver por conta própria?
A tecnologia não é a vilã, mas também não pode substituir a mente
Por mais tentador que seja se render à facilidade e a praticidade de ter tudo mastigado por uma I.A generativa, é importante aprender a estudar sem depender desse tipo de ferramenta.
Na faculdade, por exemplo, é o seu momento de desenvolver seu senso crítico e suas habilidades de pensar por conta própria e, mesmo que a tecnologia possa otimizar o seu tempo, talvez, num contexto universitário, o que você realmente precise, seja de gastar todo ele se dedicando a entender e conhecer sobre o que vai ser essencial na sua profissão do futuro.
É cansativo, eu sei.
No entanto, as máquinas estão aí pra serem operadas por mentes humanas e a sua, pequeno gafanhoto universitário, está começando a se desenvolver agora, daqui uns anos é VOCÊ quem terá que dizer onde a IA errou ou não.
Então não se afobe, pesquise, verifique se os fatos estão certos, leia, se informe e procure criar a sua própria visão de mundo.
Você tem todo o tempo pra errar agora, APROVEITE!
