“Eu sou Muzenza”: o terreiro de umbanda como contexto de aprendizagem na prática

Autores

  • Renata Silva Bergo

Palavras-chave:

Aprendizagem. Umbanda. Comunidade de prática.

Resumo

Neste artigo, discuto algumas das questões que vêm sendo abordadas na pesquisa de doutorado em andamento sobre processos de aprendizagem na e da umbanda. O trabalho de campo iniciou-se de acordo com outra proposta de investigação, sobre as oficinas de tambor, e deslocou-se posteriormente para a pesquisa em um terreiro de umbanda localizado na periferia de Belo Horizonte. No contexto estudado, chama atenção a presença significativa de crianças que tomam parte da prática religiosa como participantes ativos. O modo como participam e interagem nas sessões, festas e outros rituais umbandistas evidenciam a existência de diferentes formas de compreender os processos de aprendizagem, ao lado de uma atenção específica à condição infantil. A investigação visa problematizar a aprendizagem para além da dicotomia formal/informal, focalizando práticas culturais que são aprendidas independentemente de estruturações pedagógicas. Partindo do entendimento de que aprender é um aspecto inerente a toda prática social, busca-se, na proposta teórica de Jean Lave e Etienne Wenger (1991), a mudança de foco sugerida pelos autores: passar do indivíduo como aprendiz para aprendizagem como participação no mundo social.

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