O PODER FAMILIAR EM UMA VISÃO SISTÊMICA, A PARTIR DE UM DIÁLOGO ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO: LEGITIMIDADE DA "PALMADA" E SEUS IMPACTOS NO DIREITO DE FAMÍLIA E NO DIREITO PENAL

Autores

  • Hugo Rios Bretas Newton Paiva (Professor); Funcesi (Professor); PUC/MG (Doutorando)
  • Valéria Edith de Oliveira Centro Universitário Newton Paiva

DOI:

https://doi.org/10.46560/meritum.v14i1.6038

Resumo

O Direito Penal de modo marcante, principiologicamente, traz consigo a subsidiariedade. Fenômeno esse, capaz de anunciar que a atração do Direito Penal pelo Direito de Família se perfará em relação às hipóteses mais gravosas perpetradas no âmbito desta ciência. Para racionalizar esse discurso, é relevante também ponderar o princípio da proporcionalidade, considerado um impactante vetor constitucional. Quando singularizamos os aludidos elementos e conceituamos a palmada, percebemos que o poder familiar é diretamente ligado ao direito correcional, ao exercício regular de um direito e ao inelutável dever de educação dos pais em relação aos filhos, configurando uma hierarquia. Ora, dirigir a educação dos filhos menores e castigá-los moderadamente, à luz do Código Civil, são tarefas verdadeiramente complexas, e seu exercício não é idêntico entre as distintas famílias, em decorrência de uma pluralidade de variáveis culturais, econômicas, políticas e outras. Ante a profundidade do exercício do poder familiar e o discurso constitucional da proporcionalidade, nos parece delicado elidir abstratamente a legitimidade da palmada moderada, correcional e pedagógica.  Reconhecemos que é necessário um diálogo com outras áreas do saber, como a psicologia, e que é cogente a individualização do caso concreto. Afinal, há uma linha deveras exígua entre a palmada destrutiva e aquela moderada e construtiva, substancial para a formação de um homem.

Biografia do Autor

Hugo Rios Bretas, Newton Paiva (Professor); Funcesi (Professor); PUC/MG (Doutorando)

Doutorando e Mestre em Direito Privado, Pós-graduado (Instituto de Educação Continuada) em Direito Civil e Graduado (Faculdade Mineira de Direito) em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Coordenador da Pós-graduação em Direito Público, Constitucional e Ambiental, Representante da Faculdade de Ciências Humanas (FACHI) na Comissão Própria de Avaliação (CPA), membro do Colegiado do Curso de Direito, Coordenador e Professor do Curso Intensivo de Direito, Professor Adjunto do curso de graduação em Direito, bem como da pós-graduação da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (FUNCESI);Professor Adjunto I do curso de graduação da Escola de Direito, Unidades Carlos Luz e Buritis, Professor EAD dos Cursos de Administração e Ciências Contábeis e Professor Conteudista do curso de Ciências Econômicas do Centro Universitário Newton Paiva;Professor do curso de pós-graduação da Universidade Presidente Antônio Carlos; Professor dos cursos de MBA de Administração Pública do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC);Professor do curso de pós-graduação do Instituto Doctum; Professor nos cursos preparatórios presenciais, a distância e de qualificação da Escola Superior dos Notários e Registradores de Minas Gerais, Associação dos Serventuários de Justiça de Minas Gerais; Também atuou como professor da Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Coordenador e professor de Direito no curso preparatório Projeto OAB (2010-2011) da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Parecerista da Revista Brasileira de Estudos Constitucionais; Coordenador em 2010 e 2011 no Estado de Minas Gerais do grupo de pesquisas jurisprudenciais e doutrinárias do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil

Valéria Edith de Oliveira, Centro Universitário Newton Paiva

Graduada em ciências Econômicas pela Pontifícia universidade Católica de Minas Gerais (1992) e em Direito pelo Centro Universitário Newton Paiva (2004). Especialista em Direito Empresarial pelo Centro Universitário Newton Paiva (2006) e mestre em Direito Privado pela pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2009). Atualmente é professora e coordenadora do curso de Direito do Centro Universitário Newton Paiva. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Civil.

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Publicado

13/07/19