Cidade Ambulante: a climatologia da errância nos coletivos culturais do Rio de Janeiro

Autores

Palavras-chave:

Comunicação, Culturas Urbanas, Coletivos, Errância, Deriva

Resumo

Investigamos neste artigo ações de coletivos culturais que conferem plasticidade a existência do que chamamos de uma climatologia do movimento ou uma estética errante produzida a partir da atitude dissensual em relação à cidade. Discutimos as novas práticas de deslocamento de grupos e coletivos contemporâneos no Rio de Janeiro dentro do contexto de acirramento das políticas de regulação das atividades culturais de rua. Analisamos as práticas dos grupos Coletivo XV e Coletivo das Ambulantes, expondo as dinâmicas distintas do movimento nas quais estes coletivos de cultura estão alicerçados a partir dos conceitos de deriva (JACQUES, 2012) e tática (CERTEAU, 1994). A investigação faz parte da pesquisa cartográfica realizada pelo grupo CAC desde 2016 no Centro do Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Cíntia Sanmartin Fernandes, UERJ

Professora adjunta e pesquisadora (ProCiência/FAPERJ) da Faculdade de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Doutora em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail: cintia@lagoadaconceicao.co

Flávia Magalhães Barroso, UERJ

Doutoranda e Mestre em Comunicação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Especialista em Comunicação e Imagem na PUC. Integrante do grupo de pesquisa CAC (cultura, arte e cidade). E-mail: flavinhamagalhaes@hotmail.com.

Victor Belart, UERJ

Mestrando em Comunicação na UERJ com bolsa CNPq. Especialista em Jornalismo Cultural na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Integrante do grupo de pesquisa CAC (cultura, arte e cidade). E-mail: belart.victor@gmail.com

Referências

BARROSO, Flávia Magalhães; FERNANDES, Cíntia Sanmartin. Os limites da rua: uma discussão sobre regulação, tensão e dissidência das atividades culturais nos espaços públicos do Rio de Janeiro. Políticas Culturais em Revista, v. 11, 2019.

BRAUDEL, Fernand. Civilisation matérielle, économie et capitalisme. Paris: Armand Colin, 1979.

BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa de assembleia. Editora José Olympio, 2018.

CARERI, F. Walkscapes: o caminhar como prática estética. São Paulo. Ed. G. Gilli, 2013

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano. Ed São Paulo, 1994.

DEBORD, Guy et al. Potlach. Volume 14. Paris, 1954.

GUATTARI, Félix. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.

JACQUES, Paola Berenstein. Elogio aos errantes. SciELO-EDUFBA, 2012.

LA ROCCA, Fabio. A cidade em todas as suas formas. Porto Alegre: Sulina, 2018.

MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, suas transformações, suas perspectivas. Itatiaia, 1965.

RANCIÈRE, Jacques. Partilha do sensível. Editora: São Paulo, 2009.

REIA, Jhessica. A lei no bolso: música de rua e luta pelos espaços públicos no Rio de Janeiro. In: Cidades Musicais: Comunicação, Territorialidade e Política. Porto Alegre: Ed. Sulinas, 2018.

RIO DE JANEIRO. Plano estratégico da cidade do Rio de Janeiro: pós-2016, o Rio mais integrado e competitivo. Rio de Janeiro, 2010.

SENNET, Richard. Carne e Pedra: o corpo na civilização ocidental. Rio de Janeiro: Record, 1997.

Downloads

Publicado

12/12/19