Transformações na representação e na discursividade da novela Amor à Vida

Autores

  • José Aparecido Oliveira Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Palavras-chave:

telenovela, homoafetividade, análise de discurso,

Resumo

Este artigo analisa a temática homoafetiva na representação e discurso dos personagens homossexuais da novela Amor à Vida, exibida entre maio de 2013 e janeiro de 2014 pela Rede Globo, à luz da perspectiva teórica da Análise do Discurso. Com um considerável número de personagens gays e a abordagem da questão da bissexualidade e homoparentalidade nesta novela, percebem-se inovações discursivas na teledramaturgia brasileira como integrante de um amplo processo na sociedade brasileira na luta por reconhecimento da identidade homossexual nos últimos anos. Os resultados demonstram não apenas uma mudança no padrão de representação dos personagens homossexuais, mas também a participação da ficção televisiva e sua apropriação dos espaços que partilham a luta dos movimentos que reclamam aceitação da identidade homossexual.

Biografia do Autor

José Aparecido Oliveira, Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

Doutor em Ciências da Comunicação. Integrante do Grupo de Pesquisas em Comunicação e Linguagem (COLING) e pesquisador-bolsista do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Editor científico. Docente do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix e da Faculdade de Estudos Administrativos de MG – FEAD. aparece@gmail.com

Referências

AMOR Á VIDA, Autor: Walcyr Carrasco. Intérpretes: Paolla Oliveira, Malvino Salvador, Mateus Solano, Thiago Fragoso, Susana Vieira, Antonio Fagundes, José Wilker. Exibida na TV Globo no período de 20/05/2013 a 31/01/2014.

BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

BUTLER, Judith. O parentesco é sempre tido como heterossexual?. Cad. Pagu, Campinas, n. 21, 2003 . Available from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-83332003000200010&lng=en&nrm=iso>. access on 08 July 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-83332003000200010.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003b.

FADUL, Anamaria. "Não se pode criticar a telenovela por preencher uma lacuna". Entrevista a Diego Moura. Observatório da Imprensa. Edição 736, 05/03/2013. Disponível em http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed736_nao_se_pode_criticar_a_telenovela_por_preencher_uma_lacuna> Acesso em 20/07/2013.

FOUCALT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.

GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. São Paulo: Unesp, 1993.

HALL, S. Que “negro” é esse na cultura negra? In: SOVIK, L. (Org.). Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte/Brasília: UFMG/ Unesco, 2003.

LOPES, Maria Immacolata Vassallo de. Pesquisa em comunicação. São Paulo: Loyola, 2010.

MARTIN-BARBERO, J. Comunicação e mediações culturais. Entrevista a Claudia Barcelos. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. XXIII, n. 1, jan.-jun. 2000.

MISKOLCI, Richard. Pânicos morais e controle social – reflexões sobre o casamento gay. In: Cadernos Pagu (28). Campinas-SP: Unicamp, 2007. p. 101-128.

MISKOLCI, Richard. Teoria Queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Editora Autêntica: UFOP, 2012.

RICH, A. Heterossexualidade compulsória e existência lésbica. Bagoas, v. 4, n. 5, p. 17-44, 2010, Disponível em: http://www.cchla.ufrn.br/bagoas/v04n05art01_rich.pdf>. Acesso em: 05/03/2014.

SEFFNER, Fernando. Derivas da masculinidade: representação, identidade e diferença no âmbito da masculinidade bissexual. 2003. 260 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 2003.

Downloads

Publicado

29/07/15