OS VALORES-NOTÍCIA DA MORTE NO JORNAL CORREIO BRAZILIENSE: QUEM MERECE SER NOTÍCIA QUANDO MORRE?

Autores

  • Fernanda Vasques Ferreira Doutoranda no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), professora da Universidade Católica de Brasília (UCB).
  • Rayna Fernandes de Oliveira Universidade Católica de Brasília (UCB)

Resumo

Este artigo se dedica à análise das notícias de morte publicadas no jornal Correio Braziliense relacionando-as com as rotinas produtivas. O estudo da produção de notícias de morte no respectivo jornal está fundamentado no seguinte problema: quais são os critérios para que as mortes, enquanto acontecimentos, tornem-se noticiáveis no jornal Correio Braziliense? Quem são os indivíduos que, ao morrer, merecem destaque no jornal? Essas respostas podem ser encontradas nos bastidores das notícias, nos valores-notícia aplicados para selecionar o que é notícia do que não é. O objetivo do estudo que se apresenta foi analisar, sob a luz das teorias do jornalismo, o processo de produção que leva à publicação das notícias de morte e qual o espaço que é dado a esses casos, sabendo que, em uma análise simplista, apresentam-se em duas instâncias: mortes que ganham destaque e mortes que não ganham destaque. O percurso metodológico compreende o material produzido pelo jornal Correio Braziliense durante duas semanas de setembro de 2013 à luz das teorias apresentadas por Mauro Wolf (2005) e dos estudos realizados por Nelson Traquina (2005) que discutem as teorias da comunicação e do jornalismo, especificamente, os estudos sobre newsmaking e critérios de noticiabilidade que estão diretamente relacionados aos processos que dizem respeito à seleção das notícias, contribuindo para o agendamento ou não desses conteúdos (casos de morte). A hipótese inicial se sustentou no fato de que existem vítimas merecedoras e vítimas não merecedoras de serem noticiadas no jornal mais lido do Distrito Federal.

Biografia do Autor

Fernanda Vasques Ferreira, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB), professora da Universidade Católica de Brasília (UCB).

Pertence à linha de investigação Jornalismo e Sociedade, estuda teoria do agendamento, telejornalismo e cidadania, internação compulsória de usuários de crack. É professora há dez em curso superior de jornalismo e publicidade, já deu aula em curso de pós-graduação lato sensu, trabalhou em assessoria de imprensa na Câmara dos Deputados;

Rayna Fernandes de Oliveira, Universidade Católica de Brasília (UCB)

Graduada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Católica de Brasília (UCB).

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Publicado

16/12/14