TEMPOS DE TRABALHO E DE NÃO-TRABALHO: O DIFÍCIL EQUILÍBRIO DO ALTO EXECUTIVO ENTRE A CARREIRA, AS RELAÇÕES AFETIVAS E O LAZER

Autores

  • Leila Scanfone Organization Engineering Group (GIO)
  • Antonio Carvalho Neto University of Vigo
  • Betania Tanure University of Vigo

DOI:

https://doi.org/10.21714/1984-6975FACES2008V7N1ART109

Palavras-chave:

Recursos humanos, Gestão do tempo, Carreira executiva

Resumo

Este artigo analisa a percepção do alto executivo no Brasil quanto à distribuição dos seus tempos de trabalho e de não-trabalho e o impacto disso na sua vida. No referencial teórico, discutem-se algumas abordagens sobre esse complexo conceito, que é o tempo, e sua centralidade nas organizações, bem como os estudos dedicados aos tempos de (não-) trabalho do executivo, ressaltando-se a necessidade do lazer, uma dimensão esquecida nos estudos organizacionais. A pesquisa quantitativa foi realizada por meio de survey com 965 executivos (presidentes, vice-presidentes/diretores e gerentes de 3º nível) de 344 grandes empresas que atuam no Brasil. A pesquisa mostra o perfil dominante do alto executivo brasileiro como masculino, casado, com filhos e chegando mais rápido ao topo da hierarquia. Os resultados mostram que o executivo subestima o impacto das novas tecnologias como extensoras de sua já muito longa jornada de trabalho. A pesquisa indica também a insatisfação dos executivos com o desequilíbrio na distribuição do seu tempo, com o predomínio da carreira em detrimento da vida pessoal (vida afetiva, e ainda mais do lazer). Embora sejam os principais responsáveis pela condução das empresas, os executivos, dos quais mais da metade estão vivendo mudanças radicais em suas organizações, sentem-se com pouca governabilidade para alterar esse quadro

Biografia do Autor

Leila Scanfone, Organization Engineering Group (GIO)

Antonio Carvalho Neto, University of Vigo

Betania Tanure, University of Vigo

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Publicado

30/04/08

Edição

Seção

Artigos