CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA DE SOLUÇÕES TRADICIONAIS DE PAREDES DO CENTRO HISTÓRICO DE VISEU

Autores

  • Ricardo M. S. F. Almeida Instituto Politécnico de Viseu / CONSTRUCT-LFC; Universidade do Porto
  • Romeu Vicente Engenharia Civil da Universidade de Aveiro
  • Eduardo Roque Engenharia Civil da Universidade de Aveiro
  • Tiago Ferreira Engenharia Civil da Universidade do Minho
  • João Negrão Engenharia Civil da Universidade de Coimbra
  • José Mendes da Silva Engenharia Civil da Universidade de Coimbra

Palavras-chave:

Eficiência energética, ensaios in-situ, resistência térmica.

Resumo

A caraterização detalhada do edificado antigo deve ser uma ação fundamental de qualquer processo de reabilitação. O exercício de compatibilização entre as preocupações relacionadas com a preservação da identidade patrimonial dos edifícios e as atuais exigências de conforto e eficiência energética é um dos maiores desafios atuais da comunidade técnica ao qual é necessário dar uma resposta estratégica, técnica e ainda ao nível financeiro adequada na fase de conceção. No caso específico da reabilitação energética, conhecer com rigor as propriedades térmicas das soluções construtivas tradicionais é crucial, especialmente a resistência térmica, quando se trata de elementos opacos da envolvente externa dos edifícios. Essa determinação é, habitualmente, efetuada através de cálculo baseado nas propriedades tabeladas dos materiais. No entanto, quer devido à singularidade dos materiais de construção antigos e soluções construtivas encontrados em edifícios antigos, quer devido ao seu estado de conservação, essa quantificação pode conduzir a valores que não traduzem o desempenho térmico real dos elementos. Nesse sentido, os ensaios in-situ são fundamentais para uma avaliação mais rigorosa. Este trabalho apresenta uma metodologia para a medição in-situ da resistência térmica de elementos da envolvente, baseada no procedimento descrito na norma ISO 9869. A metodologia foi testada numa campanha de ensaios realizados num edifício do centro histórico de Viseu em que foram ensaiadas uma parede exterior de granito e uma parede interior de tabique.

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Publicado

28/06/19